Pois é! O nosso blog inaugura um novo tema, a culinária, e em grande estilo (modéstia à parte!), com duas receitas do topo da lista das mais pedidas pelos amigos! Ora pois, são duas receitas de família, que a mãe da Susana costumava fazer para agrado de todos e que agora partilhamos com as dicas incorporadas para que possam sair o melhor possível. Esperámos que sejam úteis e se possam deliciar do mesmo modo que nós!
Começamos pela bola de carne rápida e com ingredientes simples (ovos, farinha, leite e óleo) sem necessitar fermento de padeiro ou levedar e que fica bem com uma grande variedade de carnes como chourição, paio, salpicão, fiambre, mortadela, toucinho fumado e até presunto. Segue-se a receita desta bola em que o sabor da carne se funde com o da massa tornando-a muito saborosa.
Começamos pela bola de carne rápida e com ingredientes simples (ovos, farinha, leite e óleo) sem necessitar fermento de padeiro ou levedar e que fica bem com uma grande variedade de carnes como chourição, paio, salpicão, fiambre, mortadela, toucinho fumado e até presunto. Segue-se a receita desta bola em que o sabor da carne se funde com o da massa tornando-a muito saborosa.
Dicas fruto da experiência:
1- Esta bola é do tipo baixinho, pouco massuda. Assim não estranhe por colocar uma camada fina no fundo do tabuleiro e outra camada fina a cobrir a carne (pode utilizar uma espátula para ajudar a que a massa se espalhe bem por todo o tabuleiro. As quantidades da receita são suficientes para um tabuleiro médio (aproximadamente 25 por 30 cm). A chávena a usar deverá ser grande e levar cerca de 300 mL.
2- As carnes devem ser fatiadas, com grossura média (entre 1 a 2 mm – demasiado finas dão pouco sabor) e colocadas em camadas umas sobre as outras. Colocar em contacto directo com a massa as carnes que podem largar mais sabor para a mesma como o chourição e o toucinho. Tapar eventuais espaços vazios deixados por uma camada colocando carne nesse local na camada seguinte. Ter o cuidado de remover todas as peles e ossos das carnes antes de as colocar na bola.
3- Ao fim de 10 minutos no forno a bola deverá começar a subir e ao fim de 20 minutos costuma atingir altura máxima e próxima da altura do tabuleiro. No entanto, ao retirar a bola do forno esta abate cerca de 1 cm ficando com o aspecto das imagens.
4- A bola tem alguma tendência para ficar encruada, o que no interior mesmo junto às carnes é normal e confere até sabor, contudo deverá estar bem cozida ao redor da carne. Assim, é muito importante que o forno não esteja demasiado quente ou ficará rapidamente tostada por fora e encruada dentro (regular entre 180 a 190ºC na opção de calor por cima e por baixo).
5- Outro ponto importante para que a bola fique no ponto é o tempo de cozedura. Assim, até aos 30 minutos manter o forno fechado. Nessa altura abre-se e deve-se colocar o tabuleiro em baixo, pousado no fundo do forno, para acabar de cozer melhor por baixo, pois a parte superior tem tendência para cozer mais facilmente. Controlar durante o tempo restante, conforme o dourado da superfície, para não deixar a mesma queimar.
6- A quantidade de fermento Royal também é bastante importante. As duas colheres de chá garantem um bola intermédia, mais apreciada pela maioria das pessoas. Se colocar menos obtém-se uma ver são mais enqueijada e baixa e se colocar mais obterá uma bola mais alta e fofa. Para que o fermento não perca intensidade deverá ser colocado por último ao fazer a massa.
7- Servida quente esta bola é muito melhor, mas sem exageros: deverá esperar que fique morna para cortar as fatias e servir (demasiado quente é difícil cortar e seca facilmente no contacto com o ar).
Segue-se a francesinha à modo do Porto.. Uma receita com um molho simples, mas que resulta muito bem pela boa fusão dos ingredientes incluídos (cerveja, vinho do porto, vinho de mesa branco, tomate e caldo de carne), que evita que um deles se destaque excessivamente. Nós gostamos dele um pouco mais para o picante por isso carregamos no piri-piri.... mas fica ao critério de cada um!
Molho
Numa panela grande colocar cebola às rodelas, alho picado, manteiga, azeite e uma folha de louro. Deixar estalar a cebola e juntar 2 chávenas de água, 1 cerveja, 4 colheres de sopa de vinho branco e 4 colheres de sopa de vinho do Porto, mexendo sempre. Adicionar polpa de tomate (cerca de meio pacote dos pequenos ou duas a três colheres de sopa), mexer e deixar levantar fervura. Adicionar aos poucos mais 2 chávenas de água e deixar cozinhar cerca de 20 minutos. Em seguida remover o louro e passar pela varinha mágica para facilitar a mistura dos ingredientes. Retirar um pouco deste molho para uma tigela grande, deixar arrefecer um pouco, e dissolver no mesmo cerca de 5 colheres de sopa de farinha Maizena (passar pela varinha mágica para facilitar). Adicionar a farinha dissolvida ao tacho, mexendo bem até ao molho engrossar. Adicionar dois cubos de caldo de carne Knorr e malaguetas cortadas (passar primeiro na varinha mágica junto com um pouco de molho) ou molho picante. Juntar mais 2 chávenas de água. Deixar apurar cerca de 30 minutos e em seguida provar, adicionando mais um pouco de algum dos ingredientes conforme o gosto e mais água ou Maizena, conforme a textura. Opcional: cozer à parte, em água, sal e colorau alguns camarões já descascados e um com casca (por cada francesinha); Depois de cozidos juntar os camarões descascados (escorridos) ao molho já pronto e servir.
Sandes
- Colocar o pão de forma a tostar 10 minutos no forno a 180ºC.
- Fritar um bife ou fêvera para cada francesinha. Grelhar linguiça e salsicha.
- Montar a fatia base da francesinha colocando duas fatias de fiambre (ou fiambre e paio) e o bife.
- Colocar a segunda fatia de pão por cima e, sobre a mesma, a linguiça e salsicha abertas ao meio.
- Colocar uma última fatia de pão e cinco fatias de queijo (quatro a cair para os lados e uma por cima).
- Levar ao forno a 180º C durante 10 a 15 minutos.
- Retirar do forno, espetar um camarão no qual foi colocado previamente um palito (opcional), e servir regada com molho.
Dicas fruto da experiência:
1 - O caldo knorr é já salgado e por isso não costuma ser necessário adicionar sal ao molho.
2 - As quantidades são indicativas, o que significa que convém ir provando e avaliar se necessita de mais um pouco de vinho ou de tomate, se é necessária mais farinha para que fique grossinho ou se por outro lado precisa de mais água para se tornar mais fino (um molho demasiado fino salpica e não se torna tão saboroso, mas se ficar muito tempo ao lume é normal que necessite juntar mais um pouco de água). Como deixo a apurar durante algum tempo, para que os sabores se fundam, costumo necessitar juntar mais duas chávenas de água.
3 - Passar as malaguetas na varinha mágica evita que apareçam a alguém no prato e sejam engolidas, dando origem a uma overdose de picante!
4 - Se as quantidades forem seguidas, este molho fica escurinho, com uma consistência grossinha e um sabor intenso mas sem excesso de acidez. Assim, deve-se deixar apurar bem para evaporar o álcool (evitando que fique amargo) e não exagerar no tomate para evitar acidez excessiva (acrescentar mais do que duas colheres de sopa de tomate apenas de a cor estiver muito pálida ou o sabor muito pobre). Contudo, caso a acidez do tomate se faça sentir pode sempre tentar os truques habituais para cortar a mesma: um pouco de açúcar, leite, ou natas.
5 - Caso aprecie o sabor a marisco no molho poderá ainda adicionar um pouco de água de cozer o camarão em substituição de uma das chávenas de água corrente. Cuidado, porque pode transformar facilmente o molho em sopa de marisco!
6 – No inverno convém levar a francesinha ao forno no prato que se vai servir para evitar que arrefeça facilmente. Aquela louça castanha típica portuguesa é óptima para este efeito.
Gostaram? Ficamos a aguardar comentários...
PS: Fazer este post deu-nos cá uma fome!
AS IMAGENS E A DESCRIÇÃO DA RECEITA INDICAM QUE A FRANCESINHA É MESMO UMA TENTAÇÃO...MUITO BOM!
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